A ADV recebeu o Cucujães com pouco público, numa tarde fria e, por vezes, chuvosa.
Logo após o início da partida, o Valecambrense instalou-se no meio campo adversário, fazendo a bola rondar perigosamente a baliza de Sílvio. Numa dessas situações, após um desvio de um defesa do Cucujães, a bola bate na trave da baliza forasteira.
As jogadas de ataque do Valecambrense sucediam-se e, numa delas, Ricardo Pina fez um chapéu imperfeito e a bola acabou por sair ao lado.
A meio da primeira parte, o Cucujães conseguiu sacudir a pressão e desenvolveu algumas jogadas de ataque, com destaque para um remate forte, na sequência de um canto, que Jason encaixou com segurança.
Nos últimos quinze minutos da primeira parte, o Valecambrense tomou novamente conta do jogo, mas continuou a desperdiçar oportunidades atrás de oportunidades. Primeiro, Nelson, que aproveitou o desentendimento dos dois centrais visitantes para se isolar e atirar ao poste direito da baliza de Sílvio. Depois, em duas jogadas de insistência, Bruno Resende e Nuno Mota não conseguem emendar à boca da baliza. Por último, à beira do intervalo, Tojó isolou-se e disparou à malha lateral. Como tem sido hábito, ao longo deste campeonato e no Estádio das Dairas, o resultado no fim da primeira parte era lisonjeiro para a equipa visitante.
A chuvada que caiu ao intervalo antevia uma “chuva de golos” para a segunda parte, foram sete! Com a intempérie entrou o homem do jogo, Rui Pedro, que já teve muitas tardes de glória em Vale de Cambra mas, que me recorde, nunca com a obtenção de quatro golos!
Apesar do regresso mais perigoso do Cucujães foi a ADV a marcar por intermédio de Bruno Resende, que na sequência de um canto emendou, de cabeça, um desvio efectuado ao primeiro poste. De seguida, duas grandes ocasiões perdidas pelo desinspirado Tojó: primeiro, atira ao lado após um bom cruzamento de Nogueira e, depois, falha à boca da baliza. Nelson e Nogueira seguem Tojó e falham a hipótese do dois a zero, o primeiro obriga Sílvio à defesa da tarde e o segundo remata forte por cima da trave em duas ocasiões, na última das quais desperdiça o golo depois uma excelente jogada de entendimento entre Nelson, Rui Pedro e o próprio Nogueira.
Rui Pedro não quis imitar os colegas e fez de cabeça o segundo golo da ADV à passagem da meia hora do segundo tempo. Na resposta o Cucujães reduziu por Bruno Silva, que aproveitou um erro da defensiva Cambrense e, perante Jason, não perdoou. No entanto, a tarde era de Rui Pedro que aproveita um ressalto e faz o três a um. Pouco tempo depois, o mesmo jogador amplia a vantagem num belo golo. Isola-se bem e, em esforço, à saída de Sílvio faz a bola passar por cima deste e entrar lentamente na baliza. O Cucujães quis mostrar que ainda estava vivo e voltou a reduzir.
Para finalizar, como diz um grande treinador da nossa praça “a cereja no topo do bolo”, ou seja, o poker de Rui Pedro. O número oito do Valecambrense, já no interior da área, remata cruzado e fecha com “chave de ouro” quarenta e cinco minutos de luxo.
Parabéns ao Valecambrense pela sua entrega, pela qualidade do seu jogo, pelas jogas vistosas e pelos golos. Contudo, há que trabalhar bastante na finalização, pois noutros jogos, como já foi demonstrado, tanto desperdício pode custar pontos.
A árbitra Ana Amorim esteve bem, soube controlar o jogo, ficando apenas dúvidas numa possível falta sobre o guarda-redes Sílvio no terceiro golo do Valecambrense.
Para terminar desejamos as rápidas melhoras ao nosso número dez, Bruninho, que sofreu uma lesão grave durante um treino realizado na semana anterior ao jogo com o Fermentelos.
Pelo Valecambrense alinharam: Jason, Sanguedo, Rui Jorge, Nuno Mota, Amaral, Bruno Resende (Cap.), Marcelo, Ricardo Azevedo (Rui Pedro aos 45 min.), Nelson, Ricardo Pina (Nogueira aos 45 min.), Tojó (Inverno aos 65 min.).
O 4º Golo de Rui Pedro e o 5-2 para o Valecambrense
1-0 Golo de Bruno Resende
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